terça-feira, 16 de março de 2021

ARTE MALUNGA 2° ATO – Encontro virtual número 1 – Dia 1° de março de 2021

  

          IVONETE ALVES             ANALU KOTEBAN


                          LISIE ALVES

Na proposta enviada para o Edital dentro da Lei Aldir Blanc, nós firmamos o compromisso, de além da Exposição Arte Malunga instalada no Mocambo, produzir 3 LIVES.

Neste encontro do dia 1° de março convidamos duas mulheres artistas: Analú Maciel e Lisie Alves.

 

  Analuta Koteban é uma mulher negra, mãe, geógrafa e pesquisadora da dança.

Iniciou sua formação em dança em 2010 e desde então, tem atuado em oficinas, cursos e apresentações em instituições e espaços públicos e privados. É uma das fundadoras do Coletivo Mãos Negras (Presidente Prudente) e do Coletivo Mulheres de Ori (São Paulo), sendo também, idealizadora do projeto Cultura Lá em Casa.

Atualmente faz parte do Ballet Afro koteban, é produtora e articuladora social e cultural na Rede Eleko e no Coletivo Mulheres de Orí. “Acredito que a arte-educação possa ser um dos caminhos para a equidade social e respeito a diversidade Cultural.”

 

 Lisie Alves é Trancista, Capoeirista Angoleira e Dançarina Afro. Busca através dessas três vertentes da cultura afro-brasileira firmar a identidade negra, reconhecer a ancestralidade corporal e trazer referências africanas como reflexo de inspiração cotidiana, valorizando a trajetória e subjetividade do corpo preto no espaço.

 

 

Nossa conversa foi construída com as narrativas de nossas experiências como mulheres negras cujo encontro qualitativo foi ampliado nos meios acadêmicos, pois estivemos por um período as três estudando na FCT – Unesp de Presidente Prudente, ainda que cada qual com diferenciadas idades e experiências de vida. O fato de nos assumirmos como mulheres negras em luta, na militância possibilitou encontrarmos formas de ação que concretizasse o projeto de nossas ancestrais de podermos sobreviver com dignidade atuando com artes negras, fato muito importante, que nossas mais velhas, aqui na diáspora brasileira, quase sempre foram impedidas de realizar.

Já com mais de 80 anos, minha mãe sonhava com uma Exposição de arte com seus desenhos feitos com giz de cera e lápis de cor, os únicos materiais que ela criou intimidade ao longo de sua trajetória. Ao contrário, sua neta Lisie Alves pode ter acesso à tintas de qualidade, pinceis de variadas texturas e tamanhos e paredes receptivas à grafitagem, com as devidas autorizações para exercitar suas obras. Este fato altera em muito as possibilidades de desenvolvimento da assunção da negritude como fato positivado e ancora o desejo de mudar a sociedade para melhor, enquanto atua em sua própria subjetividade.

As nossas Mais Novas (Kekeres) necessitam de um exercício de ser mais. Não significa ser mais que outras, mais ser mais para a coletividade negra, constituindo uma alteridade com a branquitude, apesar dela. Então, esta Live foi muito importante para o resgate da história de 3 mulheres negras em diferentes etapas de suas vidas, ligadas por um Coletivo, ainda que no momento estes Coletivos estejam atuando, cada qual em diferentes espaços sociais. O Coletivo Mãos Negras continua atuando em Presidente Prudente, com atividades on-line e também com atividades práticas, que auxiliam direta e indiretamente na vida pessoas negras, organizando eventos que formam pessoas no enfrentamento ao racismo, enquanto promove ações de geração de renda para malungas e malungos atuantes. No entanto, estas atuações precisam manter sua historicidade, comemorar quem veio antes e que virá depois também. Não há militância que se constitua na solidão.

Endereços para maiores infomações:

Analú Koteban

https://www.facebook.com/mulheresdeori/?ref=page_internal

#mulheresdeori  - instagram

 

Lisie Alves

https://www.instagram.com/apretadovermelho

 

https://pt-br.facebook.com/angoleirosdosertaopresidenteprudente

 

Ivonete Alves

http://ivonete-afroarte.blogspot.com

https://www.instagram.com/ivoneteambiente/

https://www.facebook.com/ivonete.alves.547/

 

 

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