quinta-feira, 21 de julho de 2022

 

FORA PANDEMIA DE GENTE RUIM!

 

Queremos sair da escravização

Teremos Palmares, Palmares de novo

Com raça, negritude

Palmares do povo!

 

Queremos nossos meninos

Brincando a liberdade

Sem ter que morrer por ela.

 

Desejamos tudo que por séculos lutamos

Mas sem tanta dor, sem tanta luta

Sem nenhum luto!

 

Aquele cheiro de alecrim do forno

Aquela brisa intensificada pelas folhas de chás

Aquele cheiroso odor de terra

No alto ou no pé da Serra.

 

São loucos quase todos os homens negros

Sobreviventes das mães pretas em seus partos

Sobreviventes de pagar os patos

Dos repastos proibidos ao seu paladar

Sobreviventes de tantos holocaustos!

 

São loucos os jovens negros

Que cheios de tantos enquadramentos

Descontam sua dor abandonando as crias

Treinados por séculos como reprodutores

Não querem, não aprendem a chorar suas dores

 

As sinapses cegas de seus cérebros aviltados

Confundem opressão com sankofar

“Oh menino! Me dê cá a sua mão!??

“Cala a boca velha, se chegar mais perto, eu vou te matar!!!”

 

Matam tantos sonhos de carinho

Correm loucos pra longe do ninho

Voltam tontos, drogados, bêbados

Espezinhados e cheios de espinhos!

 

Quebrar o círculo vicioso

Deste racismo imposto, danoso

Necessita princípios, trabalho duro

Junção de sabedoria, recursos, política

Estratégias... algumas tanchagens

 

Remédios para o corpo, para o espírito limpar

Toda energia deletéria

De uma Terra Onilé agredida por tanta brancura

É feio, terrível acalentar a feiúra!


“Gente é pra brilhar!!!”

Em casos assim, só a morte do algoz pode

Trazer a cura!!!

 

 


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