sexta-feira, 30 de maio de 2025

 

pimenta rosa

Aroeira mansa, Aroeira da praia, Pimenta brasileira, Pimenta de sabiá

 



Àrvore que cresce nas áreas de Mata Atlântica em todo o Brasil. Pode chegar a 10m de altura, mas é comum encontrar exemplares menores. Seus frutos são a famosa Pimenta Rosa, hoje presente nos restaurantes mais conceituados. No Nordeste sua coleta e beneficiamento tem se tornado uma alternativa econômica para muitas famílias de baixa renda. Em regiões quilombolas é realizado o extrativismo dos galhos. Depois é realizado  as bolinhas com a pimenta são retiradas dos galhos para comercialização.

Popularmente é muito utilizada para lavar feridas, para problemas vaginais, como corrimento, inflamações e infecções, inclusive para tratamentos pós-parto, no controle de hemorragias uterinas. Também é muito utilizado para problemas urinários e do aparelho respiratório, como gripes e bronquites.

A planta pode causar processos alérgicos na mucosa de pessoas sensíveis a seus princípios ativos, por este motivo é sempre recomendado testar as preparações antes de seu uso interno. Apesar disso, sua utilização, tanto das folhas quanto da casca do tronco são consideradas seguras nas doses recomendadas. Mulheres grávidas devem sempre buscar orientação médica.

Se extrato foi testado como anticancerígeno, no controle do desenvolvimento de linhagens de câncer de mama e apresentou relevantes resultados. Um de seus princípios ativos testado isoladamente, (a-pineno) demonstrou excelente resultado no controle do melanoma (Câncer de pele), levando as células cancerígenas a apoptose. Em outro estudo com células de câncer da próstata resultado semelhante foi evidenciado com o uso do extrato de suas folhas.

 Como antimicrobiano, as folhas de Aroeira-vermelha demonstraram excelente ação contra vários tipos de bactérias. Outros estudos demonstram sua eficiência em combater fungos. Sua ação impediu que o fungo Candida albicans, causador da candidíase se fixasse e no caso das cáries dentárias, impediu a formação de filme pelo S. mutans. Num outro estudo com vaginose bacteriana, o uso da aroeira demonstrou excelentes resultados.

Seu efeito anti-inlflamatório também foi avaliado e comprovado. Nos casos de gengivite, a ação do extrato de aroeira foi bastante eficiente em reduzir a inflamação e o sangramento. Nos casos de estomatite gengival por conta de prótese dentária, os resultados também foram excelentes.

Como cicatrizante, os extratos das folhas de aroeira melhoraram muito a cicatrização em casos de cirurgia de bexiga. No caso de úlceras na boca, os extratos de aroeira vermelha aceleraram a cicatrização de maneira muito eficiente.

No combate a úlceras, os extrato de  Aroeira vermelha mostraram capacidade de reduzir a acidez estomacal e aumentar o volume de suco gástrico, melhorando a cicatrização, além de controlar hemorragias estomacais e acelerar a cicatrização da parede do estômago. Avaliada em comparação com Omeprazol no tratamento da gastrite, Aroeira Vermelha mostrou os mesmos resultados, comprovando mais uma vez sua ação benéfica ao estomago.

 

USO RELIGIOSO DAS CASCAS, FOLHAS E FRUTOS

Suas propriedades energéticas espirituais estão diretamente ligadas as questões de purificação e  aroeira é uma planta muito utilizada com fins espirituais, destacando-se pelo seu poder de descarrego. Quando há energias densas alojadas em seu corpo espiritual, o banho de aroeira pode ajudar a purificar e renovar suas energias.

Além disso, a aroeira-vermelha possui uma longa história de uso medicinal na medicina tradicional. Diversas partes da árvore são utilizadas para a produção de medicamentos naturais, devido às suas propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias, antifúngicas e a Analgésicas. Base de estudos :descarrego.

Possui poder de limpeza energética profunda retirando energias negativas, espíritos obssesores, inveja, olho gordo e feitiçarias.

A aroeira é uma planta muito utilizada com fins espirituais, especialmente pela umbanda. Entre as finalidades espirituais do banho de aroeira destaca-se principalmente o seu poder de descarrego.

O Banho de Descarrego com Aroeira tem um propósito muito específico: curar males provenientes do corpo e restaurar a imunidade.

Quando há energias densas alojadas em seu corpo espiritual, essa planta pode te ajudar.

Se há uma sensação de que a vida não caminha para frente, aposte no banho de aroeira. Além da limpeza espiritual, a planta também realiza uma abertura de caminhos, por isso está presente em banhos de amor e prosperidade. O banho com as folhas de aroeira pode ser feito sozinho ou junto com outras ervas, tudo depende da finalidade desejada. Se é um banho potente de descarrego, por exemplo, é possível fazer junto com o banho de sal grosso. Mas se é um banho para abertura de caminhos e prosperidade, então é possível fazer com alecrim, canela, entre outras plantas ligadas à prosperidade.

No Brasil, nos candomblés jeje-nagôs, onde é chamada ajobí (àjóbi), ajobí oilê (àjóbi oilé) e ajobí pupá (àjóbi pupa), a aroeira-vermelha é usada nos sacrifícios de animais quadrúpedes em ebós e sacudimentos, além do emprego medicinal como remédio antirreumático, contra feridas, inflamações, corrimentos e diarreias. Nestas crenças também é uma planta associada a orixá Oçânhim,  e aos orixás Ogum e Exu. Segundo os mitos do candomblé, pela manhã é atribuída a Ogum, e pela tarde a Exu, bem como é utilizada na vestimenta de Oçânhim.

Eu conheci a aroeira como uma árvore de Nanã. lá no município de Cacheira na Bahia. Isto significa que existe a tradição criada em cada casa de matriz africana, além de tradições que se complementam quando há junções ou troca de saberes entre uma casa e outra.

 TEMPERO DA ÀGBÀ


Criei uma fórmula de tempero, onde a pimenta rosa tem uma participação interessante. Os outros ingredentes são: sal marinho integral, urucum (extraído das sementes por mim), açafrão, orégan, pimenta do reino da minha amiga Madalena e coentro. Nas últimas formulações acrescentei pó de moringa oleífera e também erva baleeira desidratada em pó.

Assim, este tempero produz um efeito muito benéfico para a saúde, além de transformar pratos veganos em comida vibrante de sabor, facilitando o gosto das pessoas que apreciam o sabor africano nos alimentos: intenso e marcante. Vim de uma família de cozinheiras célebres e o sabor na comida sempre foi muito importante. Ao deixar de comer carne e peixes o desafio foi alimentar o paladar com comidas de excelência, sem o uso de carnes e  peixes, além de necessitar da complementação alimentar que tanto a erva baleeira como a moringa oleífera promovem.


CARATERIZAÇÃO TÉCNICA DA PLANTA

Engº Florestal: Paulo Hernani Carvalho - EMBRAPA

De acordo com o Sistema de Classificação de Cronquist, a taxonomia de Schinus terebinthifolius obedece à seguinte hierarquia: 

Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)

Classe: Magnoliopsida (Dicotiledonae)

Ordem: Sapindales

Família: Anacardiaceae

Espécie: Schinus terebinthifolius Raddi; Mem.

Soc. Ital. Sci., 18: 399, 1820.

Sinonímia botânica: Schinus aroeira Vellozo; Schinus terebinthifolius Raddi var. acutifolia

Engler; Schinus terebinthifolius var. pohlianus Engl.; Schinus terebinthifolius Raddi var. rhoifolia (Martius) Engler.

Nomes populares: abacaíba; aguaraíba; araguaraíba,  no Estado de São Paulo; aroeira; aroeira-braba e aroeira-precoce, no Rio Grande do Sul; aroeira-branca, aroeira-comum, aroeira-legítima, aroeira-de-remédio e aroeira-do-brejo, na Bahia; aroeira-corneíba; aroeira-mansa, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Estado de São Paulo; aroeira-negra; aroeira-pimenteira, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no Estado de São Paulo; aroeira-preta, no Rio Grande do Sul e no Estado de São Paulo; aroeira-rasteira; aroeira-da-praia, em Alagoas, em Pernambuco, no Estado do Rio de Janeiro e em Sergipe; aroeira-de-minas; aroeira-de-sabiá; aroeira-do-campo, no Estado do Rio de Janeiro, em Santa Catarina e no Estado de São Paulo; aroeira-do-paraná; aroeira-do-sertão, no Ceará, na Bahia e em Pernambuco; aroeirinha, em Minas Gerais e no Estado de São Paulo; aroeirinha-do-campo; árvore-da-pimenta; arundeuva; bálsamo; cabuí; cambuí;  coração-de-bugre; coraciba; corneíba; fruta-de-cutia; fruta-de-sabiá; fruto-de-raposa, em Minas Gerais; fruto-de-sabiá; jejuíra; lentisco; pimenteira-do-peru.

Etimologia: Schinus vem de Schinos, nome usado pelos antigos gregos para a árvore do mástique. Pistacia lentiscus é também da família das anacardiáceas. A resina de algumas espécies de Schinus se assemelha ao mástique.

Por sua vez, o termo schinos provém do verbo grego schizein, que significa “cortar, fazer incisão”, por causa do corte que se faz na casca para fluir a resina. O termo terebinthifolius vem do latim (folia), porque as folhas assemelham-se às espécies do gênero Terebinthus P. Miller, da família das anacardiáceas (Fleig, 1989).

Semente: reniforme e única por fruto. O envoltório é liso, de coloração amarelo-clara,

sendo que a região da calaza e rafe assume uma coloração marrom-escura (Carmelo-Guerreiro & Paoli, 1995), com um funículo fibroso aderido ao tegumento de polpa oleosa. A micrópila não é visível e o endosperma é ausente.

Descrição

Forma biológica: de arbusto a árvore perenifólia, de porte variado. Comumente com 2 a 10 m de altura e 10 a 30 cm de DAP, podendo atingir até 15 m de altura e 60 cm de DAP, na idade adulta.

Tronco: reto a tortuoso, inclinado e curto. Fuste de até 11 m de comprimento na floresta. Ramificação: dicotômica, cimosa. Copa baixa, densifoliada a irregular, arredondada, densa e larga quando isolada.

Casca: com espessura de até 15 mm. A casca externa é cinza-escura e muitas vezes preta, áspera, sulcada, escamosa, desprendendo-se em placas irregulares. A casca interna é avermelhada, com textura fibrosa. Tem odor característico, com exsudação de terebintina (Ivanchechen, 1988).

Folhas: compostas imparipinadas, muito variáveis, alternas, com 9 a 11 folíolos. Os folíolos são sésseis, membranáceos, glabros, verdes a verde-escuros, oblongos a lanceolados, de ápice  agudo e base obtusa, com margem serreada a lisa. As primeiras folhas são trifolioladas. Apresentam,  como característica principal para identificação, a ráquis com ala estreita entre os pares de folíolos. Os brotos jovens são avermelhados. Flores: branco-amareladas a branco-esverdeadas, pequenas, numerosas, actinomorfas, reunidas em panículas axilares ou terminais, densas, multifloras, de 4 a 10 cm de comprimento, que surgem nos ramos (do ano). Fruto: drupáceo, globoso, pequeno, com 4 a 5,5 mm de diâmetro, levemente achatado no comprimento. O pericarpo é constituído por exocarpo friável, brilhante, semitransparente, de coloração vermelho-viva a purpúrea ou rosa forte, quando maduro, mesocarpo com grandes cavidades secretoras e endocarpo lignificado e pétreo (Kuniyoshi, 1983; Carmelo-Guerreiro & Paoli, 1995). O endocarpo contém óleo e, à semelhança do mesocarpo, quando macerado, exala um odor de fruto de manga imaturo (Kuniyoshi, 1983).

Frutificação: os frutos amadurecem de janeiro a fevereiro, no Estado do Rio de Janeiro; de janeiro a maio, no Paraná; em março, no Espírito Santo; de março a outubro, no Estado de São Paulo; de maio a junho, no Rio Grande do Sul e em julho, em Sergipe.

Os frutos persistem por um longo tempo na planta; ademais, há uma grande variação entre as

árvores, sendo impossível precisar épocas de floração e de frutificação. O processo reprodutivo inicia, precocemente, a partir do primeiro ano de idade, em plantio.

Dispersão de frutos e sementes: espécie amplamente disseminada por zoocoria, principalmente por aves. Todavia, Kuniyoshi (1983) observou mirmecoria (formigas) no chão.

Sementes

Colheita e beneficiamento: os frutos da aroeira-pimenteira devem ser colhidos quando

passam da coloração verde para róseo-vermelho-viva. A extração das sementes se faz por maceração dos frutos. Para remover a casca, lavar em água corrente.

Após a extração, as sementes devem ser postas em peneiras e secas em ambiente ventilado.

Número de sementes por quilo: 31 mil (Jesus & Rodrigues, 1991) a 42 mil (Durigan et al.,

1997).

Tratamento para superação da dormência: não apresentam dormência.

Longevidade e armazenamento: as sementes de aroeira-pimenteira apresentam comportamento não recalcitrante em relação ao armazenamento, podendo ser submetidas a processo de secagem, desde que as temperaturas utilizadas não sejam superiores a 40ºC (Barbosa et al., 1998). Sementes dessa espécie, com 7,8% de umidade, podem ser armazenadas em condições de câmara seca (14ºC ± 1ºC e 38ºC ± 2% UR), quando

embaladas em sacos de papel kraft permeável, por 360 dias, com perda de germinação em torno de 23% (Medeiros & Zanon, 1998a). Entretanto, as condições de câmara fria (4ºC ± 1ºC e 84ºC ± 2% UR), associadas com a embalagem de saco de plástico, não devem ser descartadas, porque podem ser utilizadas na conservação das sementes por até 180 dias, com perdas em torno de 33%, em relação à germinação inicial.

Germinação em laboratório: as sementes dessa espécie germinam tanto na luz como no escuro, sendo promovidas pela luz (Sardenberg & Lucas, 1991). A temperatura ótima está entre 25ºC e 30ºC.

 

Referências

PAULO ERNANI RAMALHO CARVALHO – EMBRAPA –

Possui graduação em Curso de Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná(1971), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná(1978) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná(1996). Atualmente é Pesquisador III da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Silvicultura. Atuando principalmente nos seguintes temas: Silvicultura, Espécies florestais, Cabralea canjerana, Calophyllum brasiliense, Centrolobium robustum e Fisiologia vegetal.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

 


AGBÀ Ivonete Aparecida Alves – Coordenadora Geral

CNPJ 25.988.018.0001-74

Rua Amélia Sanches Matheus, 305 – Presidente Prudente/SP

CEP 19.045-020 – (18) 99740-6152


COMIDA BOA É MATO:

OFICINA COMPLETA COM CARDÁPIO E RECEITAS

A primeira edição desta Oficina completa aconteceu no dia 22 de maio e 2025 no Jardim Cambuci, sede do Mocambo Nzinga em Presidente prudente/São Paulo.

A preparação dos ingredientes, no entanto foi um longo processo que exigiu muitas pesquisas, experimentação de ingredientes e combinações para que o sabor da comida fosse intensificado, sempre com temperos naturais com um mínimo de processamento.

Sucesso na degustação: casca da mandioca em formato de chips



Pratos principais para o almoço:


1. Bucha refogada 

2. Grão de bico com PANCs

3. Mandioca mil e uma – bolinhos incrementados com PANCs

4. Salada de flores com grão de bico

5. Cascas de abóbora assada e frita

6. Cascas de mandioca em chips

7. Arroz integral enriquecido

8. Arroz branco com flores

9. Feijões múltiplos vegano

10. Quibe in natura salada 11

11. Pepininho em conserva enriquecido com folhas de abacate

12. Folhas de batata doce 



Pratos doces:

1. Doce de abóbora com hibiscus – receita da Agbà

2. Abacaxi de  Yansã (As Frutas da Orixá Iansã: Abacaxi, Acerola, Ameixa Vermelha, Cajá, Caqui, Cereja, Framboesa, Figo, Goiaba Vermelha, Groselha, Jenipapo, Laranja Bahia, Maçã Vermelha, Mamão, Manga, Manga Espada, Manga Rosa, Melão, Melancia, Morango, Nespera, Obí, Pera, Pitanga, Romã, Tamarindo, Tangerina, Uva Rosa.)

3. Banana assada

4. Gelatina com líquido da banana assada

5. Farofa da casca de banana



Bebidas

1. Chá suco potência da Agbà

2. Água de Matali (trapoeraba  zebrina roxa - comum no México)

3. Chás de ervas

4. Café

5. Sucos de folhas de citrus


Complementos: 

Gelo colorido produzido com chás de hibiscos, com água de Matali, clitória e crajiru.


1.Molho natural de azeite

1/2 xícara de azeite extravirgem

4 colheres de sopa de suco de limão

3 colheres de sopa de mel

Pimenta do reino (a gosto)

Sal marinho (a gosto)


2.Molho de gengibre e azeite extravirgem

1/2 xícara de azeite extravirgem

2 colheres de sopa de vinagre de maçã (a gosto)

3 folhas novinhas de ora pro nobis

1 colher de sopa de mel (a gosto)

2 colheres de chá de gengibre fresco ralado

1/2 colher de chá de sal marinho fino

1/2 colher de chá de pimenta do reino moída na hora


3.Molho afro 1

2 colheres de sopa de azeite extravirgem

3 colheres de azeite de dendê

1/2 colher de chá de pimenta do reino (moída)

1/4 de xícara de alfavaca fresca (lavada e cortado em fatias finas)

1/4 de xícara de orégano fresco (lavado e cortado em fatias finas)

1/2 limão (suco)


4.Molho bahiano frio (sem pimenta ardida)

1/3 de xícara de azeite extra virgem

2/3 xícara de óleo de côco (derretido)

1/3 xícara de vinagre (o vinagre balsâmico dá um toque extra de sabor, mas o tradicional também funciona bem)

1/2 colher de sopa de mel

1 dente de alho picado

1/2 colher de chá de orégano seco

Sal marinho (a gosto)

Pimenta moída na hora (a gosto)


5.Molho com queijo fresco

1/3 de xícara de azeite extra virgem

100 gramas de queijo fresco

1/3 xícara de vinagre (o vinagre balsâmico dá um toque extra de sabor, mas o tradicional também funciona bem)

1/2 colher de sopa de mel

1 dente de alho picado

1/2 colher de chá de orégano seco ou fresco

Sal marinho (a gosto)

Pimenta moída na hora (a gosto)


6.Pimenta cumari ao molho de vinagre

Pimenta cumari e vinangre


Folhas de pinicilina vegetal: Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze



            

Conheci o uso alimentar desta planta com uma engenheiro ambienatal vegano, o Marcelo. Isto faz uns 15 anos. Ele colocava as folhas na água para servir como um tônico natural. Disse que também comia suas folhas em refogados. Desde então passei a incluir suas folhas como alimento. Nós fazemos na omelete, em caldos e sopas e também no feijão, além de ser utilizada como chá potência.  

Folhas de laranja; citrus - todas as folhas de citrus podem ser utilizadas em sucos e chás sucos.

Citros 


Fonte: https://www.embrapa.br/mandioca-e-fruticultura/cultivos/citros#


Laranja
Nome científico: Citrus sinensis L. Osbeck
Família: Rutáceas (Rutaceae)
Nome em inglês: Orange
Origem: Ásia (Indochina, Sul da China)

Lima
Nome científico: Citrus limettioides Tanaka
Família: Rutáceas (Rutaceae)    
Nome em inglês: Sweet lime
Origem: Nordeste da Índia

Lima ácida
Nome científico: Citrus aurantifolia Swingle
Família: Rutáceas (Rutaceae)
Nomes populares: Lima-ácida, limão
Nome em inglês: Lime
Origem: Índia

Limão
Nome científico: Citrus limon L. Burmann f.
Família: Rutáceas (Rutaceae)
Nome em inglês: Lemon
Origem: Golfo de Oman ou Itália

Pomelo
Nome científico: Citrus paradisi Macfadyen
Família: Rutáceas (Rutaceae)
Nome em inglês: Grapefruit
Origem: Barbados (Indias Ocidentais)

Tangerina
Nome científico: Citrus reticulata Blanco
Família: Rutáceas (Rutaceae)
Nomes populares: Tangerina, mandarina
Nome em inglês: Tangerine, mandarin
Origem: Ásia (Indochina e Sul da China)









Doce de abóbora com hibiscus:
Utilizamos o hibiscus que possui as sépalas robustas. 



FONTE: https://hortodidatico.ufsc.br/vinagreira/

SinonímiasSabdariffa rubra Kostel., Hibiscus cannabinus L., Hibiscus cruentus Bertol., Hibiscus fraternus L., Hibiscus palmatilobus Baill.

Nomes populares: Rosela, rosélia, azedinha, azeda-da-guiné, caruru-da-guiné, chá-da-jamaica, pampulha, papoula-de-duas-cores.

Origem ou Habitat: Sudeste da Ásia, Índia e seus vizinhos a leste e ao sul do Himalaia. Foi introduzido no Egito, Sri Lanka, Tailândia, Jamaica e México, e difundida para vários países de clima tropical.

Características botânicas: Existem muitas variedades de Hibiscus sabdariffa, segundo SILVA JUNIOR, 2003, e a variedade que vamos descrever é Hibiscus sabdariffa L. var. sabdariffa Wester f. ruber que apresenta cálices vermelhos e suculentos, próprios para consumo (Morton, 1987, apud SILVA JUNIOR, 2003); é um subarbusto anual, ereto, medindo cerca de 1,8 – 2,20 m de altura. Apresenta caule avermelhado, cilíndrico e ramoso. Folhas alternas, longo-pecioladas, verdes com nervuras vermelhas, sendo as inferiores inteiras e ovadas e as superiores palmatilobadas, com 3-5 lobos estreitos e agudos, 5-nervuras, denteados, com uma grande glândula na base da nervura mediana e medindo de 7 – 12 cm de comprimento.




RECEITAS


1. Bucha refogada (Nome científico: Luffa aegyptiaca, Luffa cyllindrica  Classe: Magnoliopsida; Espécie: L. aegyptiaca; Família: Cucurbitaceae; Ordem: Cucurbitales

Colher as buchas bem novinhas, quando ainda não formaram as sementes. Algumas ainda estarão com as flores na ponta.

Lave bem.

Corte em quadro e fatie como se fatia maxixe.

Tempere a gosto e refogue.

 

2. Grão de bico com PANCs

Coloque o grão de bico um dia antes no molho. Troque  água 3 vezes.

Coloque o grão de bico par cozinhar. Reserve.

Prepare as PANCs frescas. Você pode usar ora pro nobis, bertalha e penicilina. São PANCs que combinam bem o sabor. Tempere a gosto e refogue. Aqueça o grão de bico e misture as plantas refogadas. Sirva.


3. Mandioca mil e uma – palitos, bolinhos incrementados e caldo variado

Ingredientes: mandioca cozida, amido de milho, ovos, fermento, tempero a gosto, cheiro verde, nirrá, bredo, caruru, etc.

Nem sempre a mandioca cozinha bem. No período em que ela começa a ficar aguada, você pode fazer bolinhos ou palitos com  a mandioca cozida.

Cozinhe a mandioca e deixe um pouco firme.

Espere esfriar e amasse, retirando o fiapo central. Separe o que será o bolinho e o que será para o caldo.

Para o bolinho coloque a massa numa vasilha espaçosa. Vá colocando os ovos aos poucos e também o amido de milho. Corte as plantas higienizadas em pedaços pequenos e acrescente à massa aos poucos de maneira que todo bolinho tenha verde. Eu prefiro fazer de colher, mas algumas pessoas usam o saco de confeitar para formar palitos. 


4. Salada de flores com acelga

Colher flores de cana do brejo, critória, chanana, bucha, hibiscos, bougavile,etc

Cortar a acelga fininha e misturar com as flores compondo um arranjo em uma travessa aberta.

Temperar no prato já servido


5. Cascas de abóbora  (madura) assada e frita

LAVAR A ABÓBORA MUITO BEM COM UMA BUCHA. Enxague bem e depois seque.

Descascar a abóbora retirando cascas finas. Tempere com sal e outros temperos como alho amassado, orégano e deixe marinando. 

Asse ou frite em óleo bem quente.

Receita do doce de abóbora com hibiscos

Corte a abóbora em pedaços pequenos e leve ao fogo em uma panela bem grande. Acrescente acúçar mascavo, integral e orgânico. Coloque alguns dentes de cravo da índia. Acrescente na panela, com o doe ainda frio o hibiscos (Rosa sinensis).

O hibiscos rosa sinenses tem a flor em tons bege e quando forma seu cálice floral tem uma sépalas firmes que envolvem a baga da semente. É esta parte que a gente consome na produção do doce. Mas todas as folhas e caule também podem ser consumidos. As folhas refogadas e os caules em chás.

Leve ao fogo e cozinhe até o doce soltar do fundo da panela. Entre 50 minutos e uma hora e dez minutos. Espere esfriar e embale em potes  ou vasilha de vidro com tampa. Dura até uns 10 dias na geladeira lembre que não tem conservante.


6. Cascas de mandioca em chips

A mandioca deve estar inteira lave bem cada raiz, retirando toda a terra, lave uma segunda vez. Reserve.

Em uma superfície bem limpa vá retirando a pele marrom da raiz. Tenha um pouco de sal ou uma vasilha com vinagre para que a casca interna não escureça muito.

Depois corte a mandioca e retire a casca e reserve.

Tempere bem com alho, um pouco de azeite, orégano e outros temperos secos.

Deixe marinar por meia hora. Depois frite ou asse os pedaços.


7. Arroz integral enriquecido

A – Com cenoura, chuchu, abobrinha ralada e temperos variados.


8. Arroz branco com flores

A – colha as flores e higienize bem. Algumas flores precisam ser colhidas em determinadas horas do dia. Por exemplo a chanana só abre depois das 10 ou 11 horas e é quando deve ser colhida. A sépala da bougavile pode ser colhida qualquer hora. Algumas flores são para decoração, mas a maioria é comestível.


9. Feijões múltiplos vegano

Todos os feijões precisam ficar de olho por ao menos 12 horas trocando a água algumas vezes. 

Depois do molho, cozinhe e tempere. 

Você pode acrescentar no final do cozimento, após temperar: ora pro nóbis, trapoerabas, bertalha, cenoura cortada em pequenos pedaços, beterraba e outras combinações vegetais que darão uma sustância maior.

CALDO DE FEIJÃO

Depois de cozido o feijão pode ser batido no liquidificador e transformado em um delicioso caldo. Caso precise fazer o feijão render você pode colocar mandioca cozida em água enriquecida, batendo junto com o caldo de feijão. É possível dobrar a quantidade


10. Quibe in natura salada com PANCs

Coloque a farinha de trigo no molho por duas horas. Troque a água e deixe mais uma hora. Tempere bem com folhas verdes limpas e bem picadinhas. Acrescente tomates, cebolas, alho e pepino picadinho.


11. Pepininho em conserva enriquecido com folhas de abacate e trapoeraba zebrina

Nome científico: Coccinia grandis.

É uma planta trepadeira perene.  Tem ramos finos e estriados, revestidos por pelos claros e longos, providos de gavinhas não ramificadas, de 2 a 3m de comprimento [...], folhas simples, pecioladas, de lâmina membranácea, arredondada e superficialmente 3-lobada, glabra na face superior e esparso-pubescente na inferior, de 5-12cm de comprimento. Flores díclinas, axilares, as femininas solitárias em pequenos racemos, com flores amarelas. Frutos elipsoides, do tipo baga.

Os pepinos maduros dão para molho e os verdes para saladas cruas ou em conserva.

O nosso fizemos conversa. Ferva água e acrescente os pepinos por alguns minutos somente. Tempere a água do picles a gosto. Colocamos Tempero da Ágbà, sal,  folhas de manga e de trapoeraba zebrina.


12. Folhas de batata doce

As folhas de batata doce podem ser feitas como se faz a couve refogada Não precisa escaldar. Caso estejam muito fibrosas, daí é bom escaldar antes de picar para o refogado.



Matapa (https://www.youtube.com/watch?v=_W5hQ9fK0fo)

Como preparar folhas de mandioca - Prato Típico de Moçambique - África

A matapa é um prato moçambicano com folhas de mandioca mansa. Aqui no Brasil temos a maniçoba do Pará feito com folhas de mandioca brava. Leva 7 dias para preparar.

Optei por uma receita da zona rural e Moçambique que fica pronta no mesmo dia.

Retire as folhas da mandioca e lave bem.

Coloque para ferver em água por uns 15 minutos, depois de aberta a fervura.

Deixe esfriar. Retire esta água e jogue fora.

Coloque água limpa e ferva de novo por mais 15 minutos.

Espere esfriar e joque fora a água.

Faça de novo. 

Depois de três águas jogadas está pronto para temperar e finalizar o prato.