ARTE Malunga 2° Ato - 3ª Live - Ivonete Alves e CaCosta - 15 de março de 2021.
Na
primeira obra apresentada por ele foi Festa Ancestral.
A
obra do Cacosta alcançou um planejamento minucioso. Cada quadro recebe várias
camadas de pinturas e um cuidado enorme com os detalhes. A infância recebe uma atenção muita especial em suas
obras. O quadro Festa ancestral é repleta de símbolos de matriz africana. Ele
nasceu em um terreiro de Candomblé. Viveu em um terreiro com 23 pessoas com
laços familiares ampliados. O Avô e a avó eram do Candomblé. Yá e Babá.
Este
quadro tem na área central uma Oxalá. Isto mesmo Oxalá vestido como uma Yá.
O
quadro B a Bá do saber foi em busca de vários acontecimentos de CaCosta lá no
subúbio carioca onde cresceu ao som dos tambores. Nos altares havia todo o
repertório afro e na escola católica ele foi fazer catecismo. “Lá em casa não é assim não?”. Na minha casa
a polícia batia na porta quando tinha festa. Meu avó era militar e sabia como
conversar com os policiais.
Sua
família teve como oferecer a ele uma educação conflitante com a do terreiro, e
para ele isto não teve problema. Na sua
casa era todo mundo aprendendo junto: adulto e criança. “A criança que não
brinca vai ser um adulto infeliz”, fala CaCosta e eu respondo “A criança que
não brinca vai ser uma adulto genocida!”
Anotamos
também algumas falas de participantes, durante a Live:
Glauco
Figueiredo :Excelente live!; A parte da
fala do CaCosra me lembra Hampâté Bâ; Matteo Verdú: Parabéns Ivonete e CACosta!
Adorei a live! ; Lorran Ribeiro; Celso Aguiar: Muito linda a arte do CaCosta!
Matteo Verdú : Belíssimas obras, CACosta! E belíssima citação a Benjamin,
resgatando essa dimensão religiosa do capital!; Fabiana Alves: Parabéns
gigantes! Eu sonhei com esse momento, estou emocionada por ter mediado isso. Joao
Portela: Saudações meu povo! Fabiana Alves: O CAPETALISMO É RELIGIÃO! Fabiana
Alves; Só quem teve contato com essa obra, sabe a beleza que ela tem. Jefferson
Martins: Salve Salve!!! Karina
Zimmermann: Eu também ainda terei um CaCosta em minha sala!!!!! Fabiana Alves: Não! Ela é minha; Katia Kodama:
Saudades Cacosta, um abraço de quebrar os ossos.
Fabiana
Alves: Quando vc se viu artista?; Lorran
Ribeiro: Boa noite! Dois queridos!; Thay Guedes: Lindas obras! Karina
Zimmermann: As obras do CaCosta são maravilhosas!!!!!; Katia Kodama: Obrigada sempre bom te ouvir, sempre aprendo
muito. Karina Zimmermann: Que delícia de live!; Karina Zimmermann: CaCosta é um
excelente músico!!!!
“CAcosta:
minha obra não tem hierarquia de planos, os planos se sobrepõem.” Intermediação,
assim como “A vida é sempre solidária”.
Quanto
é que você se viu artista como adulto? “CaCosta: Eu sempre faço leituras; faço
um projeto, elaboro... Tenho a ideia e planejo. Traço “um plano de imagem” e
desenho os planos em papel vegetal. Colocando um sobre o outro consigo desenhar
e pintar cada pedacinho. Meu tempo é sempre fragmentado. Me preocupo que no
tempo de eu estar trabalhando eu fico em outro plano, concentrado, fico neste
outro mundo”
Artista em seu atelier em Ourinhos/SP
Frases colhidas da Live:
Conhecimentos
dos mais novos para que respeitem a ancestralidade africana.
Eu
sou um administrador daquilo que meus ancestrais me fizeram!
O
fazer relegado a segundo plano. “Precisava escravizar as pessoas;
Outra
Obra:
Axé Kizomba:
Varetas de bambu, filós e linhas. Filó é transparente e colorido ao mesmo
tempo. Com muitas brincadeiras, tocadores de tambor, capoeira...
Eu envergo o bambu
aquecendo as varetas. Esta obra tem um
metro por um metro e vinte.
Sejam bem vindas todas as coisas:
colocar o Outro no nosso discurso. Na perspectiva da racionalidade o Outro foi
tirado fora.
CaCosta
também foi contemplado com a Lei Aldir Blanc para Exposição virtual. A matéria
pode ser lida na íntegra neste endereço:
E
quem curtiu muito tem outra prosa do CaCosta com Inaycira Falcão dia 06 de
abril de 2021. Agora através da Ocupação Preta do Coletivo Mãos Negras.
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