Uma Nação de Maracatu comandada por uma jovem linda
mulher negra. Não é pouca coisa. Não só por isto o baque do tambor sacudiu
nossos corpos em sintonia com a batida de nossos corações, profundamente agradecidos
por esta vivência, nos dias 05, 06 e 07
de maio de 2018.
Joana D’arc da Silva Cavalcante, neta da yalorixá,
dona Maria de Quixaba, sacerdotisa do Ylê Axé Oxum Deym, Pina, no Recife, desde
criança esteve presente nas atividades religiosas e culturais desenvolvidas
dentro do Ylê. Confirmada yakekeré Mãe Joana da Oxum. Mãe Pequena do Terreiro é
segunda pessoa na hierarquia da casa de candomblé e herdeira do Axé .
O Baque Mulher tem um estatuto discutido, aprovado
que milita a favor das mulheres, em um processo de empoderamento afrocentrado.
Uma das bandeiras deste Baque é dar força para que as mulheres possam resistir
e enfrentar as opressões familiares e sociais . Uma das Loas mais importantes e
interpretada por Mestre Joana e Mãe Tenily é sobre a Lei Maria da Penha:
Composição
de Mãe Joana de Oxum
Maria da Penha é forte / É forte pra valer
Com sua força e coragem fez a lei acontecer
A lei Maria da Penha / Agora eu já sei
11.340 do ano 2006
Mulheres do Mundo inteiro / Com garra pra vencer
Vamos unir as nossas forças e fazer acontecer
Tem direito a liberdade
/Tem direito de viver
Tem direito de ter direito, tem direito de vencer.
Composição:
Tenily
As mulheres da minha nação
São guerreiras, batuqueiras
Baianas e yalorixás
São guerreiras, batuqueiras
Baianas e yalorixás
Conhecem a fundo
O segredo do mundo
Com brilho da Oxum
E a coragem de Oyá
(repete coro)
A dama do paço carrega a calunga
Mãe Yemanjá vem nos abençoar
(repete coro)
Composição:
Mestra Joana
Bate o tambor ó negra
Eu quero ver a poeira subir
É nesse baque que
Eu vou
É nesse baque
Meu amor
Mulher guerreira tocando tambor
Rosa e laranja
Eu sou eu sou
Baque mulher
Com muito amor
Mulher guerreira a raiz nagô
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